Bonfire

sábado, 27 de julho de 2019


Toco suavemente em seu peito, meus olhos encontram os seus e encontram seus detalhes. Detalhes estes que me deixam apaixonada, completamente apaixonada por cada centímetro que há na extensão de seu corpo. Por cada curva, pelo movimento de seu peito descendo e subindo a cada respiração, por cada pelo contido nele, e como estes pelos descem sutilmente até se encontrarem e irem até o paraíso. Paraíso este que me adentra de várias formas e me faz delirar, paraíso que cabe no céu de minha boca. Em movimentos rápidos e fortes ou lentos e suaves, esse paraíso tem a capacidade de tirar minha lucidez; pois, quando chego nele, eu grito, suspiro, solto sons que fazem eu me sentir livre, livre para demonstrar o prazer que emana de minha essência. Paraíso que me traz fogo. Irônico, não? Tão irônico quanto logo acima, voltando ao peito, onde os pelos se cruzam, o outro lugar em que estou dentro: o coração. E em meu coração, você também está dentro.
A diferença entre o paraíso de baixo e o paraíso de cima é que no paraíso de cima estamos dentro um do outro o tempo inteiro.
Mesmo assim,
seu corpo todo é minha casa.
Posso morar nele de várias formas.
No fogo do prazer.
E na calmaria do amor.
Mas,
Se me permite escolher uma opção,
em uma fração de eternidade,
posso morar em seu paraíso inferior?

                                                          (devora-me)

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